sábado, 11 de dezembro de 2010

Fazend’Arte comemora 15 anos com adaptação de A Peste

Considerada uma metáfora ao nazismo, a obra “A Peste” do argeliano Albert Camus serviu de inspiração para a montagem de “A Peste e outras Pestes”, espetáculo que o grupo de teatro Fazend’Arte, do IFMA-Campus Maracanã, apresenta na próxima terça-feira (14), às 19h, no Teatro João do Vale.
O romance, publicado em 1947, coloca o homem frente à situação que mais o assusta: a morte. A monótona Oran, pequena cidade da Argélia, é surpreendida por ratos que agonizam por toda parte. De explicação desconhecida, a doença atinge os moradores, provocando horror generalizado e mortes.
“Ninguém está imune a ela”. A frase é repetida pela cantora de cabaré, na adaptação maranhense, que projeta os problemas da realidade brasileira para atualizar a obra de Camus. “O espetáculo alerta para os vários tipos de peste que assolam a humanidade, mostrando nossa vulnerabilidade diante delas”, diz o autor e diretor, Inaldo Lisboa, que coordena o projeto pedagógico de teatro há 15 anos.
Bodas
Os espetáculos do Fazen’darte, há 15 anos, são construídos em grupo, em um processo de interação entre professor e alunos-atores. Os estudantes são estimulados a pesquisar o assunto e produzir cenas a partir de suas percepções. Eles também colaboram com a caracterização, cenografia e figurinos. Outro destaque são os musicais, executados ao vivo, por alunos-músicos.
Coordenado pelo professor Inaldo Lisboa, o grupo já acumula a montagem de vários espetáculo e prêmios, além da participação em eventos municipais, estaduais e interestaduais. Em 2006, o grupo apresentou o espetáculo “Moderniscravizando”, que tinha como temática o trabalho escravo no Brasil contemporâneo. A peça recebeu os prêmios de melhor espetáculo, melhor direção e melhor cenografia no Festival Maranhense de Teatro Estudantil.
No ano de 2007, Fazend’Arte apresentou o espetáculo “A Cabeça Bem-Feita”. A peça era uma tragicomédia feita a partir da livre adaptação do livro homônimo do pensador francês Edgar Morin, responsável pela sistematização da teoria da complexidade. O grupo apresentou, em 2008, o espetáculo fruto de pesquisas feitas a partir da problemática ambiental enfrentada pelo rio da Prata, que tem sua nascente dentro da área do Campus Maracanã. A peça recebeu o título de “Rio da Prata”. Em 2009, após pesquisar e estudar a temática do fogo, o grupo criou o espetáculo “É Fogo!”
SERVIÇO
Espetáculo: A Peste e outras Pestes
Texto Adaptado e Direção: Inaldo Lisboa
Direção Musical: Flávio Níguel
Local: Teatro João do Vale
Quando: Terça-feira (14)
Ingressos: R$ 5,00

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